terça-feira, 28 de outubro de 2014

Entre os lapsos da tua e da minha existência

 
é assim que eu faço poesia sem rima
eu laço um rastro de perfume ao silêncio
uma dose de sentimento ao instante momento
e te toco profundo sem ao menos chegar perto
 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Nebulosas

 
foi assim que sempre quis
que você me amasse
como se a morte estivesse à espreita
e se fizesse urgente gastar cada segundo
dentro do céu das nossas bocas
lambendo as estrelas direto da fonte
 
 


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Silentes

 
o ardor e a palavra
queima e não fala
morre na língua, afogada
do doce ao fel, teimosia
risos sem eco num vale, esquecidos
só o vácuo e o silêncio
se fazem de fato companhia