quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Potes do mesmo barro


 dilacera-me não poder gritar ao mundo
mas não trago nenhum estandarte
e a minha verdade é apenas mais uma
 
eu vejo um mundo cheio de retalhos
cada pedaço enrolado em arame farpado
e tantos selos tapando seus olhos
 
é a marca da roupa que você usa
é a religião que você chama de sua
é o teu voto, teu sexo, tua paixão, tua cultura
 
rótulos e cercas, múmias
algemas sociais, cabrestos
almas segregadas, desprezo
 
queria gritar ao mundo
'ninguém pode ficar para trás'
deste teste, ou saímos todos, ou ninguém sai

2 comentários:

  1. Olá Eliane!
    Muito bom teus textos. Gostei do teu blog, de tua maestria em escrever. Parabéns, e abraço fraterno de Luz.
    Lecy

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